Alan Santos/PR – 27.10.2020
O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, afirmou em manifestação enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o órgão não produziu relatórios que teriam sido feitos para ajudar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
A informação de que o GSI e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) fizeram relatórios de orientação para a defesa do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi divulgada pela revista “Época”.
Nesta segunda-feira (14), a ministra Cármen Lúcia, relatora do caso, solicitou ao GSI e Abin que se explicassem sobre o caso. Em resposta, Heleno disse que “trata-se de mera litigância de má-fé, cuja motivação política é latente e tem por escopo atingir a honra e a imagem dos envolvidos”.
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“As matérias são especulativas, sem nenhum lastro de veracidade e a ação judicial que nela se ampara padece dos mesmos vícios, razão pela qual não tem como prosperar. Utilizam-se ambas, levianamente, de caros instrumentos da democracia: a liberdade de expressão e o livre acesso ao Judiciário, numa nítida tentativa de criar obstáculos à governabilidade e manipular a opinião pública. Cabe-nos, enquanto cidadãos, repudiar tais excessos”, acrescentou.
“À guisa de conclusão, esta autoridade se contrapõe veementemente ao conteúdo das matérias jornalísticas e às ações que nelas se fundam, ressaltando que, conforme informações obtidas do Diretor da Abin, nenhum relatório foi produzido, pela agência, para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro.”